sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FINAL DE 2011.

SOBRE O TEMPO
O TEMPO É COMO O SINAL MATEMÁTICO ONDE TUDO ESTA CONTIDO, 
NELE TUDO SE DEPÕE. NELE CEDO OU TARDE É EXPOSTO O ENGANO, DESAFETOS, GOSTOS.
O TEMPO NO ENTANTO É MAIS QUE A GRAFIA DO ESTÁ CONTIDO, 
É TAMBÉM O EQUIVALENTE ONDE SE CONFORMA A DOR, SE INVENTA A MATURIDADE, SE CONFORTA AS PERDAS, SE ADEQUA AO QUE A VIDA NOS PROPÕE.
O TEMPO É A INVENÇÃO QUE NOS PERMITE A LEI DA TENTATIVA E ERROS.
ELE DO QUAL TUDO E NADA SABEMOS, É IMPLACÁVEL, IRREVERENTE E MESMO ASSIM SORRATEIRAMENTE NOS FLAGRA TENTANDO ALCANÇÁ-LO QUANDO JÁ NÃO ESTÁ PRESENTE
                           LEILA BISPO 08/10

sobrinhos

Meu professor de arte e amigo com sua sega maluca.



Amigas de infância





FAMÍLIA TRAPOLINO.























segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Alfabetizar Ideias


Alfabetizar Muitas, muitas ideias.

ATIVIDADES PARA FORMAÇÃO DE LEITORES
PROFESSORA NEIDE BIODERE

A. CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
1) “Quente ou frio” com música ( Pirulito que bate-bate)
Escolher um objeto, mostrá-lo para o grupo e explicar que será escondido dentro da sala. Antes de ocultar o objeto escolher uma criança que deverá aguardar fora da sala. Quando a criança entrar deverá procurar o objeto escondido e, para ajudá-la o grupo deverá cantar a música Pirulito que bate-bate quando ele estiver próximo ao objeto e mais baixo quando dele se afastar.

2) “Atenção Concentração”
Música: (batendo palmas) Atenção concentração/ vai começar/já começou/ritmo/ começa com ...( falar uma letra do alfabeto). Todos os alunos cujo nome se inicia com aquela letra devem ir para a frente da sala. A professora ou o grupo que iniciou a brincadeira indica algo que as crianças devem dizer, exemplo: nome de fruta, animais...iniciados com a letra escolhida.

3) Dinâmica de apresentação
A professora diz o versinho a seguir e indica uma criança: “Pirlimpim pim/ Diga seu nome para mim” O nome dito deverá ser repetido silabicamente por todos ao som de palmas,estalar de dedos, batendo na perna, na carteira, etc. Essa atividade trabalha a sonoridade e a divisão silábica.

4) O mestre mandou
A professora inicia a brincadeira dizendo o comando “o mestre mandou”...(bater palmas, sentar, ficar de pé) Só deve realizar a tarefa se a mesma for precedida do comando citado acima. Essa atividade trabalha a atenção e concentração.

5) Diga e toque
A professora dá a dica e completa a frase, os alunos repetem fazendo o movimento. Para crianças com experiência com rima é dado a pista e elas deverão completar a frase. Abaixo seguem as dicas;
Diga ré e ......toque o pé
Diga pelo e ......toque o cabelo
Diga aço e......toque o braço
Diga fecho e ...toque o queixo
Diga abelha e....toque a orelha
Diga desça e .....toque a cabeça
Diga cão e .....toque a mão.

B. CONSCIÊNCIA DA FIXAÇÃO DA ESCRITA
1) Você lembra
Peça para as crianças sentarem em circulo e fecharem os olhos. Faça perguntas sobre a sala de aula. Qual é a cor da porta do banheiro? O que colocamos na janela ontem? Esta atividade aprimora a capacidade das crianças prestarem atenção a detalhes.

2) Qual é a ordem?
Pode ser realizada com objetos sobre uma mesa ou com alunos segurando esses objetos que devem estar relacionados a uma área específica. (Ciências, Matemática, História, etc) Exemplo: tesoura, canetinha, CD, lápis, lápis de cor( grupo dos materiais escolares) Os objetos são distribuídos numa ordem sequencial. As crianças devem fechar os olhos, e durante esse intervalo a professora escolhe uma criança para recolocar na ordem inicial. Esta atividade trabalha atenção e detalhes.

3) Que letra está faltando
Organizar pranchas alfabéticas comerciais ou impressas consecutivas no chão ( para crianças menores as letras podem ser dispostas na ordem alfabética). A criança deve memorizar a fileira indicada e em seguida fechar os olhos. A professora retira uma letra do local memorizado, a criança abre os olhos e, olhando novamente para a fileira deve tentar descobrir a letra que está faltando.
4) Escrevendo como corpo
Dividir o grupo em duplas. Cada dupla deverá escolher em segredo uma letra do alfabeto que formará com o corpo para os colegas adivinharem. A atividade pode ser realizada com massinha de modelar.
5) O que está faltando
Material: caixa com vários objetos. Escolher uma criança para que olhe os objetos e escolha de 4 a 6. A criança fecha os olhos e a professora retira um. A criança deverá olhar novamente dentro da caixa e descobrir qual foi retirado.


ATIVIDADES

QUATRO CORES





O azul não se encosta ao azul, o verde não se encosta ao verde. Com esse jogo, a turma aprende a planejar e a corrigir.

- IDADE: A partir de quatro anos.

- O QUE DESENVOLVE: Capacidade de planejamento e de análise de erros e coordenação motora.

- COMO FAZER: Em uma folha de papel, faça o contorno de uma figura qualquer - um objeto, um animal ou uma forma geométrica. Divida-a aleatoriamente. Para os pequenos de quatro a seis anos e para os iniciantes de 7 a 10, faça até dez subdivisões para não dificultar muito. Quando sentir que os alunos maiores já dominam a atividade, aumente as subdivisões ou deixe que criem as próprias figuras.

- COMO JOGAR O jogo é individual. Cada aluno recebe quatro canetas hidrocor ou lápis de cores diferentes e a folha com a figura desenhada. Os pequenos podem trabalhar com giz de cera grosso, pintura a dedo e colagem de papéis ou de tecidos. O objetivo é colorir a figura usando as quatro cores sem deixar regiões vizinhas da mesma cor. Áreas limitadas pelo vértice podem ter tonalidades iguais. Se a criança não conseguir completar a figura, dê a ela a oportunidade de repintar algumas áreas.

- VARIAÇÃO É possível trabalhar em duplas. As crianças têm de encontrar
juntas uma solução para o desafio.









JOGO DE PERCURSO



Aqui a criançada treina a soma e conta com a sorte para chegar primeiro ao fim do tabuleiro

- IDADE: A partir de quatro anos.

- O QUE DESENVOLVE: Cálculo, conceito de correspondência entre quantidade e número e respeito a regras.

- COMO FAZER Em um papelão quadrado de 40 centímetros de lado, trace um caminho. Para crianças de quatro anos, faça um trajeto reto de até 50 casas. Como elas ainda não conhecem bem os números, pinte as casas de seis cores diferentes e na seqüência – as mesmas cores deve ter o dado, construído com um cubo de madeira. Nessa versão, a criança joga o dado e salta para a primeira casa à frente com a cor correspondente. Dica de tema: levar o coelhinho à toca. Para os alunos de cinco e 6 anos, o caminho pode ser sinuoso, em ziguezague, espiral ou circular, com 50 a 80 casas. Utilize dois dados numerados de um a seis para que eles somem os resultados antes de seguir o percurso. Crie regras para dificultar. Exemplo: se cair na casa vermelha, fique uma vez sem jogar. Dica de tema: viagem à Lua. Para os maiores de7 anos, o caminho pode ter 100 casas e bifurcações.

- DICA DE TEMA: reciclagem. Exemplo de regra: você jogou lixo no chão. Volte duas casas. Tampas plásticas – como as de refrigerante – servem de peões.

-COMO JOGAR: Jogam de duas a quatro crianças. Cada uma escolhe um peão. Quem tirar o maior número no dado é o primeiro. As demais entram na seqüência, de acordo com suas posições na mesa. Cada um joga o dado e anda com seu peão o número de casas que tirou. Ganha quem chegar primeiro.

- LEMBRETES: Não numere as casas para não tornar o jogo confuso – os números sorteados no dado significam a quantidade de casas que a criança deve andar e não a casa que ela deve ocupar. Encape o tabuleiro com plástico adesivo transparente ou passe cola branca com um rolinho de espuma para aumentar a durabilidade.









TA-TE-TI

A meninada não pára nem para piscar nesse jogo que desenvolve o raciocínio e a capacidade de criar estratégias

- IDADE: A partir de seis anos. Crianças de oito e nove anos podem registrar as jogadas.

- O QUE DESENVOLVE: Capacidade de criar estratégias, rapidez de pensamento, organização e conceitos geométricos de linha e ponto.

- COMO FAZER: Em um pedaço de papel, faça as marcações das linhas com uma caneta hidrocor, conforme a figura abaixo. Desenhe as bolinhas no encontro de todas as retas. As pecinhas podem ser feitas de papel: trace três letras X e três círculos em um papel e recorte-os. Se quiser, pinte com cores diferentes. Você também pode utilizar como peças grãos de feijão, tampinhas de plástico ou pedrinhas.

- COMO JOGAR: O jogo é disputado entre duas crianças. Cada jogador recebe três peças. O vencedor do par-ou-ímpar inicia colocando uma peça em qualquer lugar do tabuleiro. Os participantes alternam jogadas até terminar a colocação das peças. Ganha quem conseguir alinhar as três na vertical, horizontal ou diagonal. Se não houver vencedor, os jogadores movem as peças pelas linhas, uma por vez, até que um deles vença. Não é permitido pular peças ou casas vazias.






CORRIDA DAS DEZENAS

Mostrar a importância do trabalho em grupo é o destaque desse jogo, que desenvolve o aprendizado das grandezas numéricas.

- IDADE: A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE: Conceito de grandeza numérica, raciocínio rápido, capacidade de criar estratégias, entrosamento de equipe e habilidade de movimento.

- COMO JOGAR: A classe é dividida em quatro equipes. Um jeito interessante de unir os alunos é fazer uma brincadeira com fitas coloridas. Quem pegar os fios de mesma cor fica em uma equipe. Use a quadra de vôlei ou trace, com giz, duas linhas paralelas, distantes de 5 a 10 metros uma da outra, no chão do pátio. Os grupos se organizam lado a lado atrás de uma linha. Seus integrantes dispõem-se em fila. Na outra linha e na mesma direção de cada grupo, fica um balde vazio. Cada grupo recebe uma bola de futebol, três bolas de tênis e nove bolinhas de gude (em caixas de sapato separadas) e nove contas de colar – ou outras bolinhas menores que as de gude – num pratinho. As bolas simbolizarão, da maior para a menor, o milhar, a centena, a dezena e a unidade. Escolha um número até 1399 (pois há apenas uma bola para o milhar e outras três para
a centena) e dê um ou dois minutos para a equipe definir sua estratégia para representa-lo com as bolas. O primeiro de cada fila pega uma das bolas do conjunto, coloca em uma colher de sopa e leva até o balde. Se a bola cair no caminho, a criança deve voltar ao ponto inicial e refazer o percurso. A bola de futebol é a única que pode ser levada com pequenos chutes, caso caia no chão. Os alunos voltam e entregam a colher ao próximo da fila. Eles se revezam até conseguir levar a quantidade suficiente de bolas para montar o número. Cada criança pega uma bola por vez em qualquer ordem, a da dezena antes da centena, por exemplo. Caso a equipe perceba que carregou uma bola errada, terá de gastar uma passagem para trazê-la de volta. A equipe que terminar primeiro grita: “Formamos!” Você confere. Se o grupo que chegou primeiro formou corretamente, é o vencedor. Conte também os números dos outros grupos para verificar o aprendizado. E parabenize todos que chegaram à resposta correta. Faça outras partidas, alternando números com milhar, centena, dezena e unidade, até que o interesse da turma diminua.






JOGO DO DICIONÁRIO

Os alunos ampliam o vocabulário com essa atividade que enfatiza a importância do trabalho em grupo.

- IDADE: A partir de oito anos.

- O QUE DESENVOLVE: Capacidade de usar o dicionário corretamente, o interesse pela descoberta de novas palavras e o espírito de pesquisa.

- COMO FAZER: Com uma caneta divida uma placa quadrada de EVA de 80 centímetros de lado em 16 espaços. Cada um deve ter 20 centímetros. Em um outro pedaço quadrado de EVA de 60 centímetros de lado, risque nove casas. No mesmo material, faça um alfabeto completo e mais um jogo só de vogais. As letras têm de medir de 16 centímetros a 18 centímetros de altura. Num dos diagramas, fixe as consoantes com cola quente e no outro, as vogais. Como há 21 consoantes e o diagrama tem apenas 16 casas, elimine as menos comuns: k, x, y, w e z. Na tabela das vogais, repita algumas. Providencie um dado grande e confeccione um saquinho. Todos os alunos precisam de um dicionário.

- COMO JOGAR: Divida a classe em duas equipes. Sorteie duas crianças de cada grupo: uma jogará o dado e a outra será o porta-voz. Os times estabelecem quem inicia a partida. O primeiro grupo joga o dado. O número que sair será o correspondente ao de arremessos de um saquinho de areia nos diagramas. Se o saquinho cair entre duas letras, ela tenta de novo. Seu objetivo é formar o início de uma palavra que o grupo vai completar usando o dicionário. Enquanto saem as letras, as crianças dos dois grupos acompanham a seqüência da palavra no dicionário. Depois de acabados os arremessos, dê 30 segundos para que o porta-voz do grupo levante a mão, leia a palavra e seu significado. O professor confere se o termo está de acordo. Caso não esteja, a outra equipe tem a chance de responder. Nem sempre é possível formar palavras, mas isso não é problema. O jogo combina sorte e conhecimento. A criança que está jogando o saquinho acaba mirando em letras que formam uma palavra que ela tenha em mente. Não é necessário acumular pontos. A cada rodada uma equipe sai vencedora. Da próxima vez, um integrante da equipe adversária joga o dado.





JOGO DA ONÇA

A criançada desenvolve o raciocínio lógico e a noção de estratégia nesse tabuleiro.

- IDADE: A partir de oito anos.

- O QUE DESENVOLVE: Capacidade de criar estratégias, concentração e noção de linhas e direção.

- COMO FAZER: Conte para a turma que esse jogo é praticado pelos índios Bororo, da aldeia Meruri, no Mato Grosso. Para que seus alunos joguem como os pequenos índios, leve a turma a um espaço em que o chão seja de areia. Caso a escola não tenha um lugar assim, desenhe o tabuleiro no pátio com giz ou em um pedaço de papel com caneta hidrocor. Ensine cada dupla a traçar seu tabuleiro. Dê 14 feijões e um milho ou 14 pedrinhas iguais e uma maior para cada dupla. Os feijões ou as pedrinhas serão os cães; o milho ou a pedra maior, a onça. Peça a eles que disponham as peças no tabuleiro, conforme o gráfico abaixo.

- COMO JOGAR: Duas crianças participam. Os jogadores decidem no par-ou-ímpar quem vai ser a onça e quem vai representar os 14 cachorros. A peça que representa a onça fica bem no centro do tabuleiro e as demais, atrás, à direita e à esquerda. A onça começa. Tanto ela como os cães podem andar uma casa vizinha vazia por vez, em qualquer direção. A onça ganha se conseguir “comer” cinco cães, como no jogo de dama – pulando o cachorro e se dirigindo à próxima casa vazia. Ela também pode “comer” cães em seqüência, seguindo o mesmo princípio. Os cachorros não podem “comer” a onça. O objetivo é cercá-la por todos os lados. A dica aos cães é encurralar a onça para o espaço representado pelo triângulo no tabuleiro – uma espécie de armadilha para capturá-la. Na próxima jogada, os papéis se invertem. O jogador que era a onça passa a representar os cachorros, e vice-versa.







MÚSICA EM LETRA

O texto não tem sentido. Nem precisa! O que importa aqui é criar uma coreografia bem animada

- IDADE A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Percepção auditiva, criatividade, coordenação motora e socialização.

- MATERIAL Papel e caneta ou lápis.

- ORGANIZAÇÃO A turma se divide em grupos.

- COMO BRINCAR Peça aos alunos para criarem uma seqüência de movimentos baseada no texto abaixo. Depois, eles podem inventar uma melodia.
MIS CLOF DARA DARA TIRO LIRO / CLI CLE CLOF DARA DARA TIRO LÁ / É TCHUNG, É TCHUNG, É TCHUNG / BIRI BIRI SENG CATAFARIUNG / É TCHUNG É TCHUNG É TCHUNG / BIRI BIRI SENG CATA CATAFAU / CATAFAU, CATAFAU, FAU, FAU / FAU, FAU.

- LEMBRETE: A turma também pode inventar um texto. Cuide apenas para que seja algo totalmente inédito. Isso evita que haja associações com músicas conhecidas.





SE EU FOSSE...

Aqui os alunos soltam a imaginação dizendo o que gostariam de ser

- IDADE: A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Identidade.

- MATERIAL: Perguntas escritas em um papel e lápis ou caneta.

- ORGANIZAÇÃO: As crianças ficam em duplas.

- COMO BRINCAR: Uma das crianças de cada dupla inicia fazendo perguntas ao colega. Se você fosse uma fruta, seria... Se você fosse um filme, uma música, um brinquedo, um lugar, uma roupa, uma palavra... Ela anota as respostas e pergunta o porquê. Depois, quem fez a entrevista responde às questões do colega. Terminada essa etapa, a turma forma uma roda e conta aos demais o que descobriu sobre o amigo. A brincadeira termina quando todos falarem.







JOGO DOS RÓTULOS

Um é exibido, outro é engraçado. Será mesmo possível classificar os colegas assim?

- IDADE A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Trabalho em grupo.

- MATERIAL: Rótulos (feitos pelo professor) e fita adesiva.

- ORGANIZAÇÃO As crianças andam livremente pela classe.

- COMO BRINCAR: Os alunos se organizam em roda e fecham os olhos. Enquanto isso, você fixa um rótulo na testa de cada um (Sou surdo. Grite! / Sou engraçado. Sorria. / Sou indeciso. Diga-me o que fazer. / Sou poderoso. Respeite-me. / Sei tudo. Pergunte-me. / Sou antipático. Evite-me.). Ao seu sinal, eles abrem os olhos e começam a andar pela sala. Quando encontram um colega, lêem (mas não dizem) o que está escrito em sua testa e agem de acordo com as instruções. Por exemplo, se a criança lê “Sou prepotente. Tenha medo!”, ela deve expressar receio e fugir desse colega. Depois de um tempo, quando todos olharam os rótulos dos colegas, formam uma nova roda. Pergunte se cada aluno descobriu o que estava escrito em sua testa. Em seguida, eles conferem se acertaram. Incentive cada um a contar como se sentiu e, depois, peça às crianças para comparar a experiência que viveram com situações reais. Pergunte se elas costumam “rotular” os colegas ou acham que são rotuladas.





PALAVRAS CRUZADAS

Um enigma aqui, outro ali... as crianças colocam a cabeça para funcionar e criam um passatempo

- IDADE A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Raciocínio lógico e vocabulário.

- MATERIAL Papel e caneta ou lápis.

- ORGANIZAÇÃO As crianças trabalham sozinhas.

- COMO BRINCAR Distribua folhas de papel entre os alunos e peça para cada um quadricular a sua. Sugira um tema e peça para escreverem palavras relacionadas a ele nos sentidos horizontal e vertical, colocando uma letra em cada quadradinho. Explique que os termos precisam se cruzar e que nem todos os espaços precisam ser preenchidos. Depois que as crianças estiverem craques nessa etapa, preparam a folha que será entregue para o colega resolver. Nela, eles desenham somente os quadrados que utilizaram, numerando o primeiro de cada fileira ou coluna, e escrevem os enigmas, ao lado, indicando onde devem ser respondidos. A solução pode ficar atrás da folha ou no rodapé, de cabeça para baixo para dificultar a leitura de quem vai resolver.










CAIXINHA DE SURPRESAS
Quando a música pára, quem está com a caixa na mão cumpre uma tarefa.

- IDADE A partir de sete anos.

- O QUE DESENVOLVE Expressão de sentimentos.

- MATERIAL Uma caixa, tiras de papel, canetas, um aparelho de som e fitas cassete ou CDs.

- ORGANIZAÇÃO Os alunos ficam em círculo, sentados ou em pé.

- COMO BRINCAR Elabore tarefas com as crianças. Por exemplo: abraçar todos os colegas, cantar uma música, contar um causo. Escreva cada uma em uma tira de papel e ponha em uma caixa, que deve ficar na mão de uma criança. Fique de costas para o círculo de alunos e coloque uma música. Enquanto isso, a caixa passa de mão em mão. Quando você desligar ou abaixar o som, quem estiver com a caixa sorteia um papel e cumpre a tarefa que está escrita nele.


HISTÓRIA A MAGIA DO ALFABETO

HISTÓRIA A MAGIA DO ALFABETO

NO CASTELO ENCANTADO DA FADA ROSA MORAVAM TODAS AS

LETRAS DO ALFABETO. VIVIAM FELIZES E BRINCAVAM MUITO.

UM DIA A FADA AZUL DO CASTELO DOS NÚMEROS CONVIDOU

AS LETRAS PARA UMA FESTA, MAS A FADA ROSA NÃO DEIXOU

ELAS IREM PORQUE IRIA CHOVER.

ALGUMAS SAIRAM ESCONDIDAS E FORAM À FESTA, E OUTRAS

FICARAM (AS VOGAIS). QUANDO VOLTAVAM, CAIU UMA TEMPESTADE

COM RAIOS E TROVÕES. UM RAIO CAIU NA LETRA H E ELA FICOU MUDA,

AS OUTRAS LETRAS FICARAM MUITO ASSUSTADAS.

AO CHEGAREM NO CASTELO, LEVARAM UMA BRONCA DA FADA ROSA

QUE LHES DEU UM CASTIGO: NUNCA MAIS TERIAM SOM PRÓPRIO, SEMPRE

TERIAM QUE TER UMA VOGAL ACOMPANHANDO-AS. E ASSIM FOI QUE SURGIU

AS VOGAIS E CONSOANTES.








atividades para albetizaçao

Com o objetivo de expor as crianças à leitura e a escrita são
> desenvolvidas diversas atividades, algumas das quais serão descritas abaixo:
>
> Contando Histórias
>
> Os contos de fadas e histórias em geral são introduzidos desde que as
> crianças entram na pré escola e, como acontece também com as crianças
> ouvintes (Perroni, 1992), as histórias são contadas várias vezes, até que,
> valendo-se das perguntas do adulto, em um primeiro momento, as crianças
> comecem a relatá-las. Nota-se que depois de algum tempo, as crianças se
> apropriam do papel de “leitores”, olhando as letras e "lendo" as figuras
> para os colegas de classe.
>
> Depois que as crianças demonstram já conhecer uma história,
> dramatizam-na, escolhendo os papéis. Desde cedo são incentivadas a registrar
> algum aspecto da história. Inicialmente tal registro se dá por intermédio de
> desenhos e nas classes mais avançadas, pela da escrita.
>
> Percebe-se que, como na criança ouvinte, no início os desenhos são
> basicamente constituídos de garatujas sem significado consistente. Aos
> poucos vão tomando forma e significado, até que os alunos passam a fazer uma
> previsão do que será desenhado. Depois de algum tempo as formas vão se
> aproximando do real e podem até ser reconhecidas mesmo fora do contexto.
>
> Adivinha quem é
>
> Fazem-se tiras de cartolina com os nomes das crianças e dos
> profissionais que atendem à classe, as quais são colocadas num saco. O
> professor sorteia um nome e as crianças adivinham de quem é. Após algum
> tempo de trabalho, quando a classe já se constituiu como grupo, dão-se
> pistas de quem é aquele nome: "É uma menina. Tem cabelo loiro. Está de tênis
> preto. Está de rabo de cavalo", etc. À medida que as crianças vão
> conseguindo identificar o portador das características apontadas pelo
> professor, as pistas vão se tornando menos óbvias. Esta atividade pode ser
> utilizada para identificar objetos de diferentes categorias semânticas,
> assim como animais. É possível, também, introduzir a identificação de
> pessoas e objetos usando a negação, o que possibilita o trabalho com
> eliminação de variáveis. Ex.: "Não é menina. Não tem cabelo preto." Uma
> outra possibilidade é as crianças assumirem o papel, antes desempenhado pelo
> adulto, de apresentar as características das pessoas e objetos para que
> sejam identificados pelos colegas.
>
> Montando os Nomes
>
> São colocadas duas tiras de cartolina com o nome na carteira da criança.
> Na frente delas corta-se uma das tiras, dividindo o nome em partes (duas ou
> três). No início mantém-se o modelo na mesa e a criança é solicitada a
> montar apenas o seu nome. Num próximo passo, ela trocará de lugar e montará
> também os nomes dos colegas. Passado algum tempo de trabalho e, se as
> crianças tiverem condições, retira-se o modelo da mesa. Se demonstrarem
> dificuldade ou solicitarem modelo, deverão recorrer à lousa onde sempre
> haverá o modelo. Após a montagem dos nomes, as crianças colam, numa folha
> de sulfite, a sua produção.
>
> Registro dos Nomes das Crianças
>
> Escrevem-se os nomes juntamente com as crianças na folha de papel que
> será utilizada para a produção e, em seguida, ela é entregue para o seu
> dono. Num momento posterior, antes da entrega das folhas, aproveita-se para
> estimular os alunos a fazerem o reconhecimento e identificação dos nomes dos
> colegas. Esta atividade permite muitas variações, como solicitar a uma
> criança que faça a distribuição das folhas; usar pistas de adivinhação,
> etc.... O mesmo pode ser feito com as pastas, objetos pessoais,
> etc...Posteriormente pode-se pedir às crianças que, além de identificarem,
> escrevam tanto o seu nome como os dos amigos. Quando as crianças já
> reconhecem os nomes, começa-se a estimulá-las à escrita dos mesmos.
>
> Nessa fase de aprendizado, utiliza-se jogos mais elaborados e
> estruturados, como por exemplo;
>
> - jogo da forca;
>
> -descobrir quais letras faltam no nome dos amigos;
>
> - perceber entre dois nomes selecionados suas semelhanças ou os
> critérios que foram utilizados para a seleção (quantidade de letras, letras
> semelhantes iniciais ou finais);
>
> - bingo de nomes;
>
> - letras misturadas para formar os nomes, etc...
>
> Calendário
>
> Todos os dias tiras de cartolina com os nomes dos alunos são colocados
> na lousa, dividida em quem veio e quem faltou à escola. Cada criança sorteia
> um nome, identifica de quem é, e o entrega ao colega que deve colar a tira
> com seu nome na lousa. Esta atividade tem variações, como colar a tira,
> mesmo que seja o nome do colega, após identificá-lo. O professor vai fazendo
> perguntas, como: "quem veio ou faltou na escola hoje?" e as crianças ou
> falam o nome, ou o procuram em meio às tiras de papel e, após o
> localizarem, colam a tira na lousa.
>
> Uma outra possibilidade é combinar esta atividade com a “Adivinha quem
> é?”. O professor sorteia um nome e a criança cujo nome foi sorteado escolhe
> uma cor de giz e “escreve” seu nome na lousa, próximo à tira onde o mesmo
> está escrito. Para se expor à noção de tempo, inicialmente o professor vai
> introduzindo os conceitos oralmente e posteriormente através da escrita por
> meio de expressões como: ontem foi ...; hoje é ....; amanhã vai ser.... Nas
> salas de pré-escola, há uma expansão dos conceitos, introduzindo-se os dias
> da semana e os meses dos ano. Os materiais utilizados para o desenvolvimento
> do calendário são diversificados, podendo-se utilizar desde os calendários
> convencionais, até outros, feitos pelo professor e pelas crianças, variando-
> se a forma e o uso de acordo com a criatividade do professor. Pode-se
> introduzir no calendário as atividades que serão desenvolvidas durante
> aquele dia e na semana. Esta atividade, por ser repetitiva, pode ser
> aproveitada para se introduzir a exposição a outro tipo de letra, como a
> cursiva. Observa-se que é nessa atividade que as crianças tentam
> primeiramente substituir a letra de forma pela cursiva.
>
> Correspondência entre Escrita e Objetos
>
> Num primeiro momento as mesas e cadeiras são etiquetadas com os nomes
> das crianças, escritos pelo professor juntamente com a criança na cor
> escolhida por ela. Reconhecendo e identificando seu nome, a criança
> localizará sua cadeira e mesa, num primeiro momento com a ajuda do professor
> e depois de algum tempo de trabalho, sozinha. Posteriormente espera-se que
> ela seja capaz de fazer o mesmo com os objetos dos colegas. Não há um
> momento específico para esta atividade. Aproveitamos para fazê-la, quando
> vamos usar as mesas e cadeiras para comer, desenhar, etc...
>
> Álbum de Fotos
>
> Solicitam-se fotos de todas as crianças e profissionais que atendem à
> classe, tira-se xerox das mesmas, de modo que cada um tenha a sua cópia. Com
> as fotos trabalham-se os nomes e também estruturas frasais simples, do tipo:
> "Este é meu amigo Tarcísio". As estruturas são escritas junto com as
> crianças em folhas de sulfite, para montar um livrinho, de modo que cada um
> tenha sua cópia. Pode-se montar o livrinho também no caderno de desenho.
> Nas classes de pré-escola as fotos passam a ter uma conotação documentária.
>
> Caixa de Fósforos com Fotos, Contendo Letras do Nome
>
> Esta atividade combina o reconhecimento de fotos e a montagem dos nomes,
> e é proposta somente quando os alunos já reconhecem todas as letras de todos
> os nomes. Inicialmente dá-se uma tira de papel para o aluno, na qual as
> letras de seu nome estão separadas, cada uma em um quadradinho. A criança
> recorta todas as letras, que, depois são colocadas dentro de uma caixa de
> fósforo com a sua foto colada do lado de fora. Esta caixa vai circulando
> entre todos os alunos, que tirarão as letras de dentro e tentarão montar os
> nomes, primeiramente com e mais tarde sem o modelo. Uma variação desta
> atividade é entregar às crianças envelopes contendo letras para que elas
> montem os nomes, sem o apoio das fotos.
>
> Cantinhos
>
> Esta atividade consiste em colocar em cada canto da sala diferentes
> tipos de estímulos, como: lápis e papel, jogos de montagem e encaixe,
> objetos que desenvolvam o jogo simbólico e livros infantis. No início, as
> crianças geralmente optam pelos jogos, ficando, como últimas opções de
> exploração, os cantos com livros e os com lápis e papel. No decorrer do
> semestre, estes cantos passam a despertar mais o interesse das crianças, que
> ao explorá-los, localizam letras de seu nome e dos colegas nos livros e
> contam as histórias aos colegas.
>
> Relatos de Final de Semana
>
> Usa-se caderneta de comunicação diária com os pais, onde geralmente são
> registrados pelas mães, entre outras coisas, o final de semana. É pedido às
> mães que escrevam o relato junto com a criança. Assim, na segunda-feira,
> após a atividade de calendário, o professor e as crianças sentam no chão em
> roda, e elas contam como foi o fim de semana. Muitas vezes as crianças não
> conseguem contar o que fizeram, principalmente no início do trabalho. Quando
> isto acontece, o professor lê junto com elas o que a mãe escreveu. Depois
> que todos fizeram seu relato, sentam nas cadeiras e cada criança conta o que
> foi mais significativo para ela. O professor elabora uma frase com a
> produção oral ou sinalizada da criança e a escreve na parte inferior da
> folha; lê o que escreveu e entrega para a criança desenhar. Passado algum
> tempo de trabalho o professor, após escrever nas folhas as produções das
> crianças, sempre em forma de frases ou de pequenos relatos, mostra as folhas
> para as crianças e todos juntos fazem a leitura de todas as produções. Em
> seguida entrega-as para seus autores. A entrega se dá da seguinte forma: o
> professor lê uma das folhas, sem falar o nome da criança, ex: "Foi ao cinema
> com a mamãe e o papai". Então todos tentam adivinhar quem é o autor daquele
> relato. A seguir as crianças fazem o relato partindo do desenho, na folha
> escrita. Nos outros dias da semana, após o calendário, é feita a leitura do
> conteúdo de cada caderneta para a classe. A seguir os bilhetes são
> respondidos por escrito pelo professor, sendo a resposta lida a seguir para
> as crianças. Outra possibilidade é enviar para a casa das crianças folhas
> onde estão escritos os dias correspondentes ao final da semana (sábado e
> domingo) para que seja feito, juntamente com a família, o registro das
> atividades realizadas pela criança. Este registro pode ser feito usando-se
> desenhos, colagem de ingressos, figuras correspondentes a filmes assistidos,
> e mais tarde pela escrita.
>
> É servindo-se desses pequenos relatos de finais de semana que as
> crianças começam a identificar e "ler" suas frases e as dos seus amigos.
> Elas iniciam a "leitura" de todos os elementos das frases (artigos, verbos,
> preposições etc ...) oralmente ou usando sinais. A partir daí, o contexto
> escrito começa a ser ampliado para textos de três ou quatro frases até
> chegar a textos mais longos e complexos.
>
> Registros
>
> Além do registro do relato de final de semana, trabalha-se também o
> registro de atividades e passeios. O professor trabalha com as crianças
> onde, como e quando vão, quem vai etc. Manda o bilhete para a mãe,
> comunicando o evento, sendo que a criança já sabe o conteúdo do bilhete. Na
> volta do passeio é realizada a dramatização e o registro do que aconteceu:
> “onde foram”, “quem foi”, “como foi”, “o que viram” etc. O registro se dá da
> mesma forma que os relatos de final de semana. Posteriormente, o registro
> passa a ser feito de duas formas: pelo professor com o grupo classe ou
> pelas crianças, que podem usar fotos como apoio para a sua produção. Outra
> possibilidade é, após a produção de um texto pelo grupo, pedir às crianças
> que relacionem as partes do texto às fotos correspondentes.
>
> Receitas
>
> O trabalho com receitas inicia-se muito antes da receita em si. Citam-se
> aqui os passos para o trabalho com a receita "Salada de Frutas", que serão
> basicamente os mesmos seguidos para outras receitas. Muitas vezes as frutas
> estão presentes no lanche e começam a despertar a curiosidade das crianças.
> Elas percebem as igualdades, as diferenças, características próprias, etc.
> Assim são trazidas frutas de plástico que são exploradas, agrupadas pelas
> crianças com a ajuda do professor. Além de nomear, pode-se também fazer jogo
> de adivinhação. Por ex: "é uma fruta amarela que o macaco gosta muito de
> comer". Monta-se uma feirinha onde o professor assume o papel de vendedor e
> as crianças de compradores, posteriormente invertem-se os papéis. Sugere-se
> às crianças que cada uma escolha uma fruta que deverá ser trazida para a
> escola no dia seguinte. Cada uma desenha a fruta escolhida, que será o
> bilhete para a mamãe, complementado pela escrita do professor, produzida
> junto com a criança. No dia seguinte a salada de frutas é feita.
>
> Cada etapa da “receita” vai sendo registrada através de fotos e/ou
> desenhos. Nesse registro consta desde o que cada um trouxe, passando pelo
> lavar, descascar, cortar, experimentar a fruta, até chegar à finalização da
> salada de frutas. A receita é escrita junto com as crianças para a
> identificação das palavras. Em seguida, monta-se um pequeno livro, ilustrado
> com todas as etapas do processo que foram sendo registradas durante a
> execução. Cada um terá a sua cópia.
>
> Nas classes da Pré-Escola, a leitura das receitas é realizada primeiro
> em grupo e depois individualmente, pedindo para que elas identifiquem, na
> receita, a seqüência dos ingredientes .
>
> Em outro momento cada criança recebe uma folha com a cópia da receita,
> em que tentará fazer uma “leitura”.
>
> Atrelado a todo este trabalho, existe o momento do registro individual,
> feito em desenhos e alguma produção escrita que a criança deseje. Pode-se
> notar que esta escrita normalmente se fixa nos nomes dos ingredientes .
>
> Supermercado
>
> Solicita-se à família que mande para a escola embalagens de materiais
> com os quais os filhos tenham mais familiaridade, ou seja, que ela use,
> veja o uso, saiba para que serve, como materiais de limpeza: caixas de
> sabão, detergente, cera etc; materiais de higiene: embalagens de sabonete,
> pasta de dente, escova de dente, shampoo, desodorante, perfume, etc.;
> alimentos: latas de achocolatado , leite, aveia, recipiente de danone,
> yakult, farinhas, gelatinas, etc.; remédios, etc.
>
> Quando o material chega, o professor explora, com as crianças, o nome,
> para que serve, onde se compra, entre outras coisas. Geralmente a maioria
> conhece e ajuda a explicar o que é, para que serve, etc. Depois do material
> todo explorado e reconhecido, todos ajudam a arrumar o supermercado,
> separando as sessões. No supermercado, alguns alunos são os “compradores”,
> outros os “caixas” e “empacotadores” para dar inicio a uma dramatização, em
> que os papéis são rodiziados. Os compradores levam as compras "para casa",
> dramatizam o uso do produto e tornam a guardá-los, classificando-os pelo
> uso. Nestes momentos as crianças são incentivadas a localizar no rótulo da
> embalagem os nomes dos produtos e, muitas vezes, espontaneamente, localizam
> também as letras de seu nome e dos colegas.
>
> Depois de bastante explorados, os materiais são utilizados nas
> atividades de "artes", criando carrinhos de caixas de sabão, aviões da
> pastas de dente, etc.
>
> Música
>
> O trabalho com músicas infantis traz muito prazer para as crianças. Elas
> gostam muito de “cantá-las”, utilizando a “fala” e os “sinais”. Depois de
> dramatizadas e muito cantadas, as músicas são escritas na lousa ou em folhas
> de cartolina.
>
> Nessas exposições as crianças, muitas vezes, reconhecem e identificam as
> letras de seu nome e dos colegas, bem como algumas palavras que se repetem.
> Nas classes de pré, provavelmente por "cantarem" várias vezes,
> acompanhando a escrita da música, as crianças memorizam as músicas com maior
> facilidade . Assim, na escrita individual da música que está sendo
> trabalhada, observa-se uma melhor organização frasal e uma maior aproximação
> da escrita a sua forma convencional sem a assistência do adulto. Além
> disso, nota-se que, neste tipo de escrita, os alunos mantêm uma escrita para
> determinada palavra, repetindo-a da mesma forma escrita anteriormente.
> Exemplo:
>
> PIULO DE BAE BAE
> (pirulito que bate bate)
> PIULO DE JANA BAU
> ( pirulito que já bateu)
> QE GOIA DE IE È ELA
> (quem gosta de mim é ela)
> QE GOIA ELA SOU EU
> (quem gosta dela sou eu) (G. - 7;0)
>
> Em relação ao desenvolvimento da escrita pelas crianças na primeira fase
> da pré-escola (4 anos), nota-se, no decorrer do trabalho, que, geralmente no
> segundo semestre, elas já são capazes de, além de identificar e reconhecer
> os nomes de todos da classe, identificam também as letras de seu nome e dos
> colegas em outros materiais escritos, como livros, revistas, jornais,
> embalagens, letras de músicas, receitas etc. Começam a ensaiar uma escrita
> do nome em suas produções, no início em forma de garatujas, diferentes
> daquelas usadas para desenhar, como minhoquinhas, pontinhos, bolinhas. É
> possível perceber que no início algumas crianças “escrevem” em suas
> produções o seu nome ao lado da figura que fazem de si mesmos, usando,
> muitas vezes, a mesma cor que escolherão para nomear seus pertences.
>
> Nessa mesma época, a maioria já usa pseudo-letras que vão se
> intensificando e dão lugar, então, às primeiras letras. De modo geral, usam
> a letra inicial de seu nome e a repetem para “completar” a escrita do mesmo.
> Posteriormente, vão acrescentando letras, até chegar à escrita de todas,
> ou quase todas as letras de seu nome, o que acontece mais no final do ano.
> Na segunda fase da pré-escola (5 anos), as crianças já conseguem escrever
> espontaneamente seu próprio nome e identificam os nomes dos colegas e da
> professora.
>
> É interessante observar que, através desta exposição constante à
> escrita, as crianças, quando chegam à terceira fase da Pré-Escola (6 anos),
> estão mais interessadas em saber o que está escrito em um determinado
> material ou como se escreve uma determinada palavra. Fazem tentativas de
> escrever várias palavras, utilizando primeiramente as letras dos seus
> próprios nomes para nomear os objetos e não aceitam pseudo letras como
> resultado. Os alunos que ainda se encontram nesta fase são estimulados pelos
> próprios colegas, usando modelos, a tentarem escrever com as letras do
> alfabeto (de forma).
>
> Os alunos são capazes de identificar nomes de objetos que aparecem com
> mais freqüência nas histórias ou exercícios propostos. Quando se trabalha
> com a escrita, por meio da leitura orofacial ou da memorização das palavras
> (como no jogo da memória), conseguem encontrar os pares.
>
> Depois de, em média, dois anos de trabalho com a escrita, já começam a
> produzir pequenos relatos, como se pode observar no exemplo:
>
> A MAMAGMA $ORO AO PAO E AFO
> (a mamãe comprou copo prato e garfo ) (F. - 5;0)
>
> No exemplo, a criança transpõe para a escrita informações já
> incorporadas, como o nome de sua mãe (Magna) e o símbolo do $, que ela usa
> antes da palavra comprou. A exploração do contexto visual é uma
> característica na escrita de crianças surdas, como aponta Cruz (op. cit.).
>
> Além do trabalho com diferentes materiais escritos, como receitas,
> músicas, histórias infantis, gibis, etc., são acrescentadas a produção de
> escrita pelas crianças e a leitura.
>
> Trabalho com Textos
> Na terceira fase da pré-escola é dada muita ênfase à elaboração de
> textos, visando, principalmente, um contato mais estreito da criança com a
> escrita dentro de um contexto significativo. Inicialmente são produzidos
> pequenos textos de três ou quatro frases, escritas pelo professor, com base
> no relato da criança sobre fatos por ela presenciados, passeios, finais de
> semana, por exemplo. Aos poucos a quantidade de informação escrita vai
> sendo ampliada de acordo com o interesse e o desenvolvimento do grupo.
>
> São feitos vários tipos de textos, como relatos, histórias criadas pelas
> próprias crianças ou de livros, receitas diversas, músicas, pesquisas, etc.
>
> Os relatos baseiam-se em fatos ocorridos com as próprias crianças (por
> exemplo: relato de férias, finais de semana etc...) ou passeios feitos pelo
> grupo. Utilizando perguntas, a professora vai montando as estruturas
> frasais, escrevendo na lousa, e organizando tudo em forma de texto.
>
> Esta escrita espontânea pode ser feita de duas formas :
>
> - o professor organiza a idéia da criança em uma estrutura frasal e dá o
> modelo articulatório valendo-se de todas as pistas (auditiva , visual ,
> tátil - cinestésica , gestual e alfabeto datilológico) para que a criança
> escreva, por exemplo:
>
> EU FOINA FAIA DA VOVO
> (Eu fui na fazenda da vovó)
> EU FOINA IEA CO MO PAI
> (Eu fui na piscina com meu pai) (K. - 6;0)
>
> - a criança escreve livremente sem nenhuma interferência do adulto.
> Desta forma aparece mais claramente a transferência para o papel daquilo que
> lhe é mais significativo e as palavras com as quais mais intimamente se
> identificam. Exemplo:
>
> O MERIE VAI FAIE CÉA CAHEUO MERIE
> ( O menino vai olha céu começou chuva menino) ( K. - 6;0)
>
> Como se pode observar nos exemplos, com a ajuda do adulto dando várias
> pistas, percebemos que a produção das crianças revelam maior conhecimento da
> escrita e da estrutura da língua. Já na escrita elaborada individualmente,
> sem qualquer ajuda, percebemos um grau maior de dificuldade.
>
> Quando as atividades são vivenciadas pelo grupo, o momento do relato é
> mais rico, pois cada criança contribui com informações e impressões
> pessoais. Em situações vivenciadas fora do ambiente escolar os relatos
> individuais são mais simples, sendo que o aluno necessita da interferência
> do adulto para torná-los mais ricos . Com o grupo que está na ultima fase da
> pré-escola (6 anos) o relato adquire maior riqueza de detalhes e com
> seqüência de fatos. No entanto, para transpor esses relatos para a escrita,
> ainda necessitam da ajuda direta do adulto para organizar a estrutura
> frasal.
>
> Observa-se que, registrando o que a criança vivenciou e respeitando seu
> interesse, os textos carregam um maior significado para seus autores. Dessa
> forma, são fáceis de serem entendidos, possibilitando a ocorrência de uma "
> leitura" antecipada. As crianças começam a transferir o uso de palavras
> para outros contextos . Esse trabalho estimula a criança a fazer sua própria
> leitura, fazendo com que elas se sintam mais capazes.
>
>
> Leitura
>
> Na leitura, todas as palavras podem ser sinalizadas e podem também ser
> utilizados o alfabeto digital para artigos, nomes próprios, e para algumas
> preposições e advérbios . Algumas preposições têm seus próprios sinais (para
> , com, etc ...) e são reconhecidas pelas crianças na escrita (facilitando
> a sua utilização na fala). Nota-se que com isso elas apresentam maior
> facilidade para reconhecer frases e palavras isoladas do texto.
>
> Um fato bastante comum no desenvolvimento da "leitura" é uma sensível
> melhora na articulação das palavras mesmo pelas crianças com dificuldades.
> Elas parecem prestar mais atenção na sua articulação e na do outro, o que
> resulta numa fala mais inteligível. O uso da leitura orofacial como pista na
> busca da relação fonema-grafema também foi observado por Cruz (op. cit.).
> Ainda segundo Cruz, à medida que confrontam suas escritas com as informações
> que o meio lhes proporciona, as crianças buscam uma adequação maior na
> relação escrita/sonoridade. Quando se nota tal preocupação nos alunos,
> procura-se fazer com que busquem a forma convencional dos vocábulos, como
> ilustra o exemplo abaixo.
>
> O professor pergunta à classe:
>
> - Como eu posso escrever a palavra " bola" ?
>
> Se as crianças responderem com a letra "O", tenta-se fazê-las pensar
> sobre o que vem junto com a letra "O", e juntos conseguimos chegar à escrita
> convencional, dando a pista auditiva, da leitura orofacial e do alfabeto
> digital.
>
> Este tipo de intervenção acarreta um envolvimento muito grande dos
> alunos, tornando-os mais atentos à relação fala x escrita, estimulando-os na
> busca da escrita convencional.
>
> Nota-se também que nesse momento existe uma troca muito grande entre as
> crianças: aquela que percebe mais a relação fala x escrita acaba dando a
> pista para os colegas, fazendo com que as que não estão no mesmo nível sejam
> beneficiadas.
>
> Embora a alfabetização formal se dê somente no Ensino Fundamental
> (primeiro grau), o trabalho tem início desde a primeira etapa da pré-escola
> com o objetivo de expor as crianças a uma escrita diversificada, envolvendo
> diferentes tipos de textos.
>
> Procura-se usar estes textos nas mais variadas situações escolares e
> sociais, propiciando uma visão mais ampla da escrita: ela não se restringe
> somente ao ambiente escolar, passando a ter um significado mais amplo e
> dinâmico. A criança tem oportunidades de vivenciar o uso da escrita em
> diferentes contextos, percebendo sua utilização e significado para a vida.
>
> Esta maneira de ver a alfabetização, em que a criança pode escrever de
> forma criativa e espontânea, reflete uma crença na necessidade da escola e
> do professor assumirem uma nova postura em relação a todo o processo.
>
> Embora não seja objetivo que os alunos saiam alfabetizados da
> pré-escola, observa-se que muitos já começam a produzir seus primeiros
> textos, ainda que com a ajuda do professor, contribuindo para que a
> criança surda seja vista como escritor e leitor capaz de entender e se
> expressar.



A primavera da lagarta Ruth Rocha



A primavera da lagarta
Ruth Rocha

Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira.
Dona Formiga convocou a reunião:
— Isso não pode continuar!
— Não pode, não. – apoiava o Camaleão.
— É um desaforo! – a Formiga gritava.
— É mesmo! – o camaleão concordava.
A Joaninha, que vinha chegando naquele instante, perguntava:
— Qual é o desaforo, hein?
— É um desaforo, o que a Lagarta faz! – dizia a Formiga.
— Come tudo que é folha! – reclamava o Louva-a-Deus.
— Não há comida que chegue! – continuava a Formiga.
A Lagartixa não concordava:
— Por isso não, que as senhoras formigas também comem...
— É isso mesmo! – apoiou o Camaleão, que vivia mudando de opinião.
— É muito diferente – disse a Formiga. — Depois, a Lagarta é uma preguiçosa. Vive lagarteando por aí...
— Vai ver que a Lagartixa é parente da Lagarta – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
— Parente, não – falou a lagartixa. — É só uma coincidência de nome.
— Então não se meta! – disse a Formiga.
— Abaixo a Lagarta! – disse o Gafanhoto. – Vamos acabar com ela!
— Vamos, sim! – Gritou a Libélula. — Ela é muito feia!
O senhor Caracol ainda quis fazer um discurso:
— Minhas senhoras e meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado...
Mas como o Caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado. Já estavam todos se preparando para caçar a Lagarta.
— Abaixo a feiúra! – Gritava a Aranha – como se ela fosse muito bonita
— Morra comilona! – exclamava o Louva-a-Deus – como se ele não fosse comilão também.
— Vamos acabar com a preguiçosa! – berrava a cigarra – esquecendo sua fama de boa-vida.
E lá se foram eles cantando e marchando:
— Um, dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
Mas a primavera havia chegado. Por toda parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam... E as borboletas, quantas borboletas! De todas as cores, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata.
E os caçadores procuravam pela Lagarta.
— Um, dois, um dois, feijão com arroz... três , quatro feijão no prato...
E perguntavam às borboletas que passavam:
— Vocês viram a Lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa?
As borboletas riam, riam... Iam passando e nem respondiam.
Até que veio chegando uma linda Borboleta:
— Estão procurando a Lagarta da amoreira?
— Estamos, sim! Aquela horrorosa! Comilona!
E a Borboleta bateu as asas e falou:
— Pois sou eu...
— Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a Borboleta, sorrindo, explicou:
— Toda lagarta tem seu dia de borboleta. É só esperar pela primavera...
Dona formiga ficou espantada:
— Não é possível! Só acredito vendo!
E a borboleta falou:
— Venha ver. Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
E todos correram para ver. E ficaram quietinhos, espiando...
E a lagarta foi se transformando... foi se transformando... Até que , de dentro do casulo, nasceu uma borboleta.
Os inimigos da Lagarta ficaram admirados.
— É um milagre! – disse a Formiga, envergonhada.
— Bem que eu falei! – disse o Camaleão, que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou:
— É preciso ter paciência com as lagartas, se quisermos conhecer as borboletas!
Do CD Mil Pássaros – Palavra Cantada



ATIVIDADES



NOME________________________________________________________________ 1ª SÉRIE____

DATA:______/______/______ PROFESSORA:___________________________


HISTÓRIA: A PRIMAVERA DA LAGARTA


A HISTÓRIA ACONTECE EM UMA CLAREIRA, DEBAIXO DA BANANEIRA, ONDE OS ANIMAIS ESTAVAM REUNIDOS PARA RESOLVER “UM PROBLEMÃO” SURGIDO NA FLORESTA.




1- QUEM CONVOCOU A REUNIÃO FOI A


2- OS ANIMAIS ESTAVAM MUITO AFLITOS PORQUE A LAGARTA:

( ) BEBIA DEMAIS ( ) COMIA DEMAIS ( ) DORMIA DEMAIS


3- ESCREVA O NOME DO ANIMAL QUE:

MUDAVA DE OPINIÃO A TODA HORA


VIVIA TODO ENROLADO


4- LAGARTA E LAGARTIXA SÂO:

( ) PRIMAS ( ) COINCIDÊNCIA DE NOMES


5- A FRASE: “É PRECISO TER PACIÊNCIA COM AS LAGARTAS SE QUISERMOS CONHECER AS BORBOLETAS” FOI DITO PELA:



6- A TRANSFORMAÇÃO DA LAGARTA EM BORBOLETA CHAMA-SE:




7- NA HISTÓRIA APARECE O NOME DE DUAS ÁRVORES. DESCUBRA QUE FRUTAS ELAS DÃO?


BANANEIRA


AMOREIRA